Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1207
Title: Gestão do regime terapêutico nas pessoas com diabetes mellitus tipo 2 numa unidade de saúde familíar
Authors: Graça, Luís Carlos Carvalho
Direito, Rosinda Marinho Pereira Costa
Keywords: Enfermagem
Diabetes mellitus
Diabético
Gestão regime terapêutico
Nursing
Diabetes mellitus
Diabetic
Therapeutic regimen management
Issue Date: 29-Apr-2014
Abstract: A Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 constitui um grave problema da saúde pública, não só pela sua crescente incidência e prevalência, mas também pela elevada morbilidade e mortalidade que origina. É uma das doenças crónicas com custos diretos e indiretos mais elevados, quer a nível individual quer a nível social (World Health Organization, 2003). O regime terapêutico na DM tipo 2 assenta no polígono constituído pela medicação, alimentação e a atividade física (AF). A gestão eficaz de um regime terapêutico adequado é essencial para obter uma melhor qualidade de vida, com o menor número de complicações possíveis decorrentes da evolução da doença e evitar custos onerosos para os doentes e para o sistema de saúde. Conhecer a magnitude do fenómeno é de extrema relevância para a definição de estratégias de intervenção adequadas. O estudo tem por objetivo caraterizar a gestão do regime terapêutico das pessoas com Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) do norte de Portugal. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com uma amostra estratificada proporcional por lista de médico de família, de 146 pessoas com DM tipo 2, tendo utilizado como instrumento de colheita de dados um questionário que inclui o International Physical Activity Questionnaire – IPAQ (Craig et al., 2003) e o Questionário de Medição de Adesão Terapêutica – MAT (Delgado & Lima, 2001). Os resultados indicam que se trata de uma população constituída maioritariamente por homens, idosos, casados, reformados, com baixo grau de escolaridade e inseridos em famílias nucleares. Apurou-se tratar-se de uma amostra com uma elevada prevalência de excesso de peso ou obesidade (90%) e 63% das mulheres e 40% dos homens apresentaram valores de perímetro abdominal considerados de risco muito aumentado para complicações cardíacas e metabólicas. Mais de um terço dos participantes no estudo apresentava um mau controlo metabólico, traduzido por valores de HbA1c elevados, com uma evolução média do diagnóstico da DM de 6,4 anos. A grande maioria é seguida no centro de saúde e faz autovigilância da glicemia capilar com regularidade. A hipertensão (HTA), a obesidade e a hipercolesterolémia, são as patologias concomitantes mais referidas pelos inquiridos. A maioria (66,4%) refere a medicação oral e a alimentação como forma de tratar a sua DM, desvalorizando a AF enquanto elemento integrante do regime terapêutico. Quanto ao padrão alimentar, foi observado um predomínio de pessoas que referem apenas 3 refeições no dia (49,3%) e apenas 22,6% refere ter feito ceia. Apenas 21,9% consumiram legumes no prato ou saladas e 28,1% consumiram bebidas alcoólicas. A maioria dos inquiridos afirmou que apenas às vezes confeciona alimentos fritos e estufados (58,2% e 53,4% respetivamente) sendo que a gordura mais usada na confeção foi o azeite (71,9%). Verificou-se que 47,3% dos inquiridos se encontravam na categoria de AF “Baixa” (considerados como inativos) e 47,9% se situava na categoria Moderada. O nível de AF médio calculado pelo IPAQ, para a amostra total foi de 890,6 MET-min/semana, ou seja um nível considerado moderado de AF. De referir, ainda, que, em média, os doentes da nossa amostra, passam, por dia, cerca 6 horas e meia sentados. Relativamente ao regime medicamentoso obtivemos uma adesão de 97,9%. Em síntese, torna-se evidente a necessidade de intervir ao nível do padrão alimentar e da AF. Também se verifica a necessidade de ensinar e consciencializar os diabéticos sobre as complicações crónicas da DM e patologias concomitantes potenciadoras dos riscos cardiovasculares.
Type 2 Diabetes is considered a serious public health, not only by its growing incidence and prevalence, but also due to the high morbidity and mortality it causes. It is one of the chronic diseases with the highest direct and indirect costs, either at individual or social level (World Health Organization, 2003). The therapeutic regimen at MD type 2 is based on medication, diet and physical exercise. The effective management of an appropriate therapeutic regimen is essential for a better life quality, with the fewest possible complications arising from the disease and avoid expensive costs to patients and the healthcare system. Knowing the magnitude of the problem is extremely relevant to establish proper intervention. The study aims to characterize the therapeutic regimen management of people with Type 2 Diabetes in a Family Health Unit of northern Portugal. This is a descriptive, cross-sectional study, with a sample stratified proportional list of family doctor, that includes 146 patients, and used as an instrument for data collection a questionnaire which includes the International Physical Activity Questionnaire - IPAQ (Craig et al., 2003) and "Questionário de Medição de AdesãoTerapeutica" - MAT (Delgado & Lima, 2001). The results indicate that this is a population consisting mostly of men, elderly, married, retired, with a low educational level and inserted into nuclear families. It was found that it was a sample with a high prevalence of overweight or obesity (90%) and 63% of women and 40% of men had abdominal circumference values considered of high risk for cardiac and metabolic complications. More than a third of the study participants had a poor metabolic control, translated by high HbA1c values, with an average evolution of type 2 diabetes diagnosis of 6,4 years. Most of them are followed at the health center and makes self-monitoring of blood glucose regularly. Hypertension, obesity and hypercholesterolemia, are the concomitant pathologies most frequently mentioned by respondents. The majority (64,4%) refers oral medication and diet as a way to treat their diabetes, devaluing physical exercise as an integral element of therapeutic regimen. As for the nutritional standard, there was a predominance of patients who reported only 3 meals a day (49,3%) and only 22,6% reported having made supper. Only 21,9% consumed vegetables on dish or salad and 28,1% consumed alcohol. A majority of respondents said that only sometimes cook stews and fried (58,2% and 53,4% respectively), and the most used fat in cooking was olive oil (71,9%). It was found that 47,3% of respondents were in the "Low" category of Physical Activity (considered inactive) and 47,9% lies in moderate category. The average level of physical activity calculated by IPAQ for the total sample was 890,6 MET-minutes/week, in other words, a considered moderate level of physical activity. Is further noted that on average, patients in our sample, spend about six and a half hours a day sitting. Regarding the medication regimen we obtained an adhesion of 97,9%. In summary, it is clear the need to intervene at nutritional standard and physical activity level. Also there is a need to raise awareness and teach diabetics about the chronic complications of diabetes and concomitant pathologies which potentiate cardiovascular risks.
Description: Dissertação de mestrado em Enfermagem de Saúde Comunitária apresentada na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
URI: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1207
Appears in Collections:ESS - Dissertações de mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Rosinda_Direito.pdf1.56 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.