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Title: Potencial ergogénico e uso da creatinina e da beta-alanina no contexto do crossFit e da musculação
Authors: Oliveira, César Filipe Chaves de
Leitão, Raquel
Freitas, José Carlos Rego da Silva Oliveira
Keywords: crossfit
musculação
creatinina
beta-alanina
desempenho físico
Issue Date: 28-Aug-2016
Abstract: “O diabo mora nos detalhes”. Nas actividades físico-desportivas contemporâneas, tomadas por inusitados e extremos graus de competitividade, este velho adágio popular afigura-se mais pertinente do que em qualquer outro momento da historia do desporto. Quando tudo o resto é igual, qualquer pormenor marca a diferença. E um “pormenor”, em desporto, é um conceito particularmente delicado e relativizável, pois um milésimo de segundo, um milímetro ou uma grama podem ser “pormenores” determinantes entre a vitória e a derrota. A adopção de suplementos nutricionais potenciadores da performance, particularmente a Creatina e a Beta-alanina, podem configurar-se enquanto estratégia determinante para a obtenção do sucesso pleno. Objectivos: O presente trabalho visou, primordialmente, a aferição dos índices de consumo de Beta-alanina e de Creatina nos contextos das modalidades CrossFit e Musculação, tendo-se extraído ainda outras informações análogas, designadamente aquelas respeitantes às expectativas iniciais e aos efeitos percepcionados indicados pelos atletas, ao registo e descrição de eventuais efeitos colaterais adversos ou ainda à identificação do padrão de consumo de suplementação em geral em Portugal. Métodos: Este estudo analítico é do tipo transversal, tendo sido aplicado um inquérito a uma amostra de conveniência (88 atletas de CrossFit e 110 praticantes de Musculação), visando aferir dos seus padrões de consumo de suplementação em geral, e de Creatina e Beta-alanina em particular. Resultados: 76,1% dos atletas de CrossFit e 88,2% dos praticantes de Musculação inquiridos já utilizaram pelo menos um suplemento nutricional no decorrer do seu percurso desportivo. Os suplementos mais prevalentes são os concentrados de proteína em pó (94% no CrossFit e 96,9% na Musculação), a Creatina (49,2% e 74,2%) e os BCAA (44,6% e 74,2%). A esmagadora parte dos atletas dizem conhecer a Creatina (89,8%) assim como as suas potencialidades ergogénicas (84,8%). O maior valor de consumo apurado surge junto dos praticantes de Musculação em detrimento do CrossFit (76,9% vs 54,1%). A maior parte dos atletas inquiridos (53,5%) desconhece o suplemento nutricional Beta-alanina. De entre os indivíduos que conhecem a substância, os praticantes de Musculação são os que apresentam maiores índices de consumo, comparativamente com os atletas de CrossFit (55,4% vs 36,1%). Para ambas as substâncias, os efeitos percepcionados observam-se invariavelmente subvalorizados relativamente às expectativas iniciais. Os efeitos adversos reportados foram marginais e todos eles reversíveis. Conclusões: O consumo de suplementos nutricionais visando a obtenção de melhores índices de performance física é uma realidade incontornável nas modalidades de CrossFit e de Musculação, sendo especialmente prevalente no segundo caso. Os valores de consumo de Creatina são bastante superiores aos relativos à Beta-alanina, sendo particularmente elevados junto da população praticante de Musculação. A maior parte dos atletas espera mais resultados do que aqueles que efectivamente obtém da utilização de qualquer das substâncias. Os efeitos adversos reportados atingem um número residual de casos, sendo, do ponto de vista clínico, facilmente reversíveis.
"The devil lies in the details." In contemporary physical and sports activities, taken by unusual and extreme degrees of competitiveness, this old adage seems more appropriate than at any other time in sports history. When everything else is equal, every detail makes the difference. And a "detail", in sports, is a particularly delicate and relative concept, as for a millisecond, a millimeter or a gram can be "details" that dictate the difference between victory and defeat. Adoption of sports nutritional supplements or performance enhancers, particularly Creatine and Beta-alanine, can be taken as a decisive strategy ir order to ensure the athlete's objectives are fully achieved. Objectives: This study aimed, primarily, Creatine and Beta-alanine consumption rates measurement in CrossFit and Bodybuilding, but has also drawn other similar information, including those relating to initial expectations and the perceived effects listed by athletes, the recording and description of any adverse side effects or, cumulatively, as well as the identification of supplements consumption pattern in Portugal. Methods: This cross-sectional analytical study applied a survey on a convenience sample (88 CrossFit athletes and 110 Bodybuilding practitioners), to benchmark their supplementation consumption standards in general, and creatine and beta-alanine in particular. Results: a total of 76.1% CrossFit athletes and 88.2% Bodybuilding practitioners have used at least one nutritional supplement in the course of their sports route. The most prevalent supplements are concentrated protein powder (94% in CrossFit and 96.9% on Bodybuilding), creatine (49.2% and 74.2%) and BCAA (44.6 and 74.2% %). The overwhelming part of all the responders know Creatine (89.8%) as well as its ergogenic potential (84.8%). The highest consumption value comes from Bodybuilding practitioners, while CrossFit athletes show a much lower rate (76.9% vs 54.1%). Most respondents athletes (53.5%) are unaware of the nutritional supplement Beta-alanine. Among the subjects who know the substance, Bodybuilding practitioners are those with higher levels of consumption, when compared with CrossFit athletes (55.4% vs 36.1%). For both substances, the perceived effects are often undervalued relatively to initial expectations. Reported adverse events were minimal in number, and all of them are easily reversible. Conclusions: Nutritional supplements consumption aiming for better physical performance is an unavoidable reality, either in CrossFit or Bodybuilding, being especially prevalent in the second case. In both activities, Creatine consumption values are much higher than those related to Beta-alanine, being particularly high among Bodybuilding practitioner population. Most athletes expect more results than those actually obtained using any of the substances. Reported adverse effects reach only a residual number of cases, and, from a clinical perspective, readily reversible.
URI: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1736
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