Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1970
Título: Vinculação e ansiedade filial na vida adulta: Contributos da investigação para a gerontologia social
Autores: Faria, Carla Maria Gomes Marques de
Silva, Diana Toipa da
Palavras-chave: Ansiedade filial
Vinculação
Cuidados filiais
Gerontologia social
Envelhecimento
Filial anxiety
Attachment
Filial care
Social gerontology
Aging
Data: 18-Abr-2013
Resumo: O envelhecimento é um processo complexo marcado por mudanças biopsicossociais que requerem atenção e cuidados específicos. Os filhos tendem a cuidar dos pais, uma vez que a prestação de cuidados se enraíza na história familiar. No entanto, quando estes percepcionam que os pais podem vir a necessitar de cuidados, podem evidenciar uma preocupação antecipada relativamente à sua capacidade para cuidar, bem como ao bem-estar dos mesmos. Cicirelli (1988) denominou esta preocupação por ansiedade filial, propondo que a mesma pode ser compreendida à luz da Teoria da Vinculação. A ansiedade filial parece desempenhar um papel importante na disponibilidade e qualidade do cuidado proporcionado na medida em que pode antecipadamente condicionar a capacidade do adulto para cuidar. Neste contexto, o presente estudo visa: (i) validar para a população portuguesa a Filial Anxiety Scale (EAF; Cicirelli, 1988) e (ii) analisar a relação entre a vinculação e ansiedade filial em adultos de meiaidade. Participam neste estudo 130 adultos de ambos os géneros (64.6% do género feminino), com idades compreendidas entre os 35 e os 64 anos (M = 50.25; DP = 7.97) e com pelo menos um familiar idoso vivo. Em termos de resultados, a versão portuguesa da EAF apresenta uma estrutura factorial válida, conforme a versão original. O mesmo se pode afirmar relativamente à fiabilidade da medida, testada através do alfa de Cronbach, tendo-se obtido .87 para a Escala total, .86 para a subescala Ansiedade Filial A e .84 para a subescala Ansiedade Filial B, respectivamente. No que diz respeito às relações entre vinculação e ansiedade filial verifica-se que adultos com um estilo de vinculação inseguro apresentam níveis significativamente mais elevados de ansiedade filial do que os adultos com estilo seguro. Observa-se ainda que as mulheres apresentam níveis superiores de ansiedade filial comparativamente aos homens e adultos mais escolarizados revelam valores médios mais baixos de ansiedade filial. Considerando na sua globalidade, o presente estudo constitui um contributo relevante para a avaliação e intervenção gerontológica, com especial impacto no domínio da prestação de cuidados filiais, área que se tem vindo a assumir cada vez mais central nas dimensões micro e macrossistémicas da organização social.
Aging is a complex process marked by biopsychosocial changes that require special attention and specific care. Since caregiving is rooted in family history, children usually assume their parents’ care. However, when they perceive that the parents are likely to need some care, they may show an anticipated concern, not only about how to take care of them but also about the parents’ welfare. Cicirelli (1988) called it filial anxiety, suggesting that it may be understood in light of the attachment theory. Filial anxiety seems to play an important role in being able and available for caregiving, since it may confine the adult’s ability for care. In this context, this study aims to: (i) validate the Filial Anxiety Scale (EAF; Cicirelli, 1988) for the Portuguese population in order to analyze the relationship between attachment and filial anxiety in middle-aged adults. In this study participated 130 adults of both genders (64.6% female) aged between 35 and 64 years old (M = 50.25, SD = 7.97) and with at least one elderly relative living. In terms of results, the Portuguese version of EAF presents a valid factorial structure according to the original one. The same can be said regarding the reliability of the measure, tested through Cronbach's alpha, according to which the results were .87 for the Scale, .86 for the Anxiety Filial A subscale and .84 for the Filial Anxiety B subscale, respectively. Regarding the relationship between attachment and filial anxiety it has been demonstrated that adults with an insecure attachment style have significantly higher levels of filial anxiety than adults with a secure one. It has also been observed that women have higher levels of filial anxiety than men, and that better educated adults show lower average values of filial anxiety. Considered as a whole, this study is an important contribution to gerontological assessment and intervention, with a particular impact in filial caregiving, an area that has increasingly been assumed as central in micro and macrosystemic dimensions of social organization.
Descrição: Investigação realizada no âmbito do Laboratório de Gerontologia Social Aplicada (LABGeroSOC), com o apoio da Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos (UNIFAI).
URI: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1970
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