Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2699
Title: Envelhecimento, qualidade de vida e bem-estar na vida diária: estudo sobre iniciativas de base comunitária
Authors: Bastos, Maria Alice Martins da Silva Calçada
Veiga, José Miguel Gomes Costa
Afonso, Filipa Fernandes
Keywords: Envelhecimento bem-sucedido
Qualidade de vida
Bem-estar psicológico
Capacidade funcional
Gerontologia Social
Successful aging
Quality of life
Psychological well-being
Functional capacity
Social Gerontology
Issue Date: 30-Dec-2021
Abstract: Contexto e objetivo: Algumas teorias do envelhecimento bem-sucedido (EBS) encaram os indivíduos como sendo proactivos no seu desenvolvimento e envelhecimento, (Baltes, 1997) sendo que acumular recursos para se adaptar às alterações envolvidas na qualidade de vida (QdV) e bem-estar é um dos caminhos possíveis a considerar na otimização do envelhecimento humano. A qualidade de vida é definida pela OMS (1994) como a perceção que o indivíduo tem acerca da sua vida, tendo em conta o contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais se insere e considerando os seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. O Bem-estar psicológico (BEP) pode ser definido como multidimensional, incluindo diversas dimensões do funcionamento psicológico positivo na vida adulta e envelhecimento (Ryff, 1989, 2017). No presente estudo estabelece-se como objetivo analisar as relações entre qualidade de vida e bem-estar psicológico em adultos mais velhos que participam em iniciativas de base comunitária. Método: Trata-se de um estudo correlacional de natureza quantitativa, sendo a informação recolhida numa amostra de 52 participantes, com idades dos 55 aos 84 anos e que frequentam Projetos Públicos de Base Comunitária (grupo de intervenção), os quais foram emparelhados (n = 52) segundo género e idade com indivíduos que não frequentam os Projetos (n=52) (grupo de comparação). Na recolha de dados, utilizou-se um Questionário Sociodemográfico e de Participação Social, assim como as versões portuguesas do Índice de Lawton (AIVD; Sequeira, 2007), Escalas de Bem-Estar Psicológico de Carol Ryff (Novo, Silva & Peralta, 1997) e qualidade de vida WHOQOL-BREF (Canavarro et al., 2010). Resultados: Neste estudo participaram 104 indivíduos, dos quais 80,8% são mulheres, com idades entre os 55 e os 74 anos (65,4%), sendo a maioria casados (61,5%), com escolaridade reduzida (80,8% até 4 anos) e reformados (93,1%). No que se refere às AIVD, 49,0% dos participantes são moderadamente dependentes, necessitando de ajuda em pelo menos uma das atividades instrumentais de vida diária. No que diz respeito ao bem-estar psicológico, verifica-se que os adultos mais velhos que participam nos PPBC apresentam valores significativamente superiores aos do grupo de comparação na dimensão objetivos na vida (t = -2,190; p = 0,031). Relativamente à qualidade de vida, observam-se diferenças estatisticamente significativas na qualidade de vida geral (t = 2,366; p = 0,020), sendo que, contrariamente ao esperado, o grupo de comparação pontua mais alto do que o grupo que participa nas iniciativas de base comunitária. No que concerne às correlações entre qualidade de vida e bem-estar psicológico, no grupo de comparação, a maioria dos domínios do bemestar psicológico têm correlação com o domínio psicológico da qualidade de vida. No grupo de intervenção, o domínio autonomia do bem-estar psicológico não possui qualquer correlação com os domínios da qualidade de vida. O domínio do meio tem correlação com o domínio psicológico e o domínio relações positivas com os outros possui correlação com o domínio relações sociais. Os restantes domínios do bem-estar têm correlação com vários domínios da qualidade de vida. Conclusão: Os adultos mais velhos que participam em iniciativas de base comunitária apresentam melhor qualidade de vida apenas no domínio psicológico do WHOQOL – Bref e apresentam melhor bem-estar psicológico, nomeadamente nos domínios autonomia, domínio do meio, crescimento pessoal, relações positivas com os outros e objetivos na vida das Escalas de Bem-Estar Psicológico. Observaram-se correlações positivas significativas entre qualidade de vida e bem-estar psicológico.
Context and objective: Some successful aging (SA) theories view individuals as being proactive in their development and aging process (Baltes, 1997), and consider that accumulating resources to adapt to the changes involved in quality of life (QoL) and well-being is a possible pathway towards in optimizing human aging. Quality of life is defined by the WHO (1994) as the perception individuals have about their life, taking into account the context of the cultural and value systems in which they are inserted and considering their goals, expectations, standards and concerns. Psychological well-being (PWB) can be defined as multidimensional, including several dimensions of positive psychological functioning in adulthood and aging (Ryff, 1989, 2017). Is the present study aims to analyze the relationship between quality of life and psychological well-being in older adults who participate in community-based initiatives. Method: This is a correlational study of a quantitative nature, with information collected from a sample of 52 participants, aged between 55 to 84 years and attending Community-Based Public Projects (intervention group). These participants were paired according to gender and age with individuals that do not attend the Projects (n = 52) (comparison group). Data collection was performed with the aid of a Sociodemographic and Social Participation Questionnaire, as well as the Portuguese versions of the Lawton Index (AIVD; Sequeira, 2007), Carol Ryff Psychological Well-Being Scales (Novo, Silva & Peralta, 1997) and WHOQOL-BREF(Canavarro et al., 2010). Results: 104 individuals participated in this study, of which 80.8% are women, aged between 55 and 74 years (65.4%), most of them married (61.5%), with low education (80, 8% with up to 4 years) and retired (93.1%). With regard to IADL, 49.0% of participants are moderately dependent, needing help in at least one of the instrumental activities of daily living. In what refers to psychological well-being, it appears that older adults who participate in the PPBC have significantly higher levels of purpose in life than those in the comparison group (t = -2.190; p = 0.031). Regarding quality of life, there are statistically significant differences in overall quality of life (t = 2.366; p = 0.020), and, contrary to expectations, the comparison group scores higher than the group participating in the community-based initiatives . Considering the correlations between quality of life and psychological well-being, in the comparison group, most domains of psychological well-being are correlated with the psychological domain of quality of life. In the intervention group, the autonomy domain of psychological well-being has no correlation with the quality of life domains. The environmental mastery domain is correlated with the psychological domain and the positive relationships with others domain is correlated with the social relationships domain. The remaining domains of well-being are correlated with several domains of quality of life. Conclusion: Older adults who participate in community-based initiatives have better quality of life only in the psychological domain of the WHOQOL – Bref and have better psychological well-being, namely in the domains autonomy, environmental mastery, personal growth, positive relations with others and purpose in the life of the Psychological Well-Being Scales. The results show statistically significant positive correlations between quality of life and psychological well-being.
Description: Dissertação de Mestrado em Gerontologia Social apresentada na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
URI: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2699
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