Perceção da dor por parte de tutores de cães

Abstract

A dor pode ser definida como a perceção consciente do estímulo nocicetivo, ou seja, uma experiência emocional e sensitiva desagradável, ligada a uma lesão tecidular real ou potencial, gerando reações de proteção autónomas e motoras (Rocca et al., 2015). “Perceção da dor por parte do tutor de cães” foi o tema eleito para expor nesta dissertação. Embora o diagnóstico da dor nos animais seja um desafio, há várias formas de avaliá-la de maneira correta de modo a orientar a escolha e adequação da terapia analgésica. Há várias escalas multifatoriais propostas nas últimas duas décadas para avaliar a dor em cães, no entanto, na maioria das vezes, são subjetivas levando a uma disparidade na sua interpretação. O objetivo geral desde estudo foi a avaliação da perceção e identificação da dor por parte dos tutores e profissionais de veterinária que acompanham o animal, com a apresentação de duas escalas, a escala de Glasgow Composite Measures Pain Scale e a escala de Liverpool Osteoarthritis in Dogs direcionando o tutor de acordo com o tipo de dor que o animal tem, dor aguda ou dor crónica, fazendo a sua avaliação. Aquando da avaliação por profissionais de veterinária, estes, identificam a dor com aspetos de quantificação mais objetiva, porém no caso dos tutores dos cães, a avaliação da dor, é identificada com aspetos mais relacionados com o comportamento. Pretende-se com este estudo, que as escalas de avaliação da dor sejam cada vez mais utilizadas e uma boa prática na orientação de decisões clínicas de forma a ajudar o nosso animal de estimação a viver uma vida mais saudável e feliz.

Pain can be defined as the conscious perception of nociceptive stimulus, i.e. an unpleasant emotional and sensory experience, linked to a real or potential tissue injury, generating autonomous and motor protective reactions (Rocca et al., 2015). "Dog guardian's perception of pain" was the topic chosen to expound on in this dissertation. Although the diagnosis of pain in animals is challenging, there are several ways to assess it correctly in order to guide the choice and appropriateness of analgesic therapy. There are several multifactorial scales proposed in the last two decades to assess pain in dogs, however, most of the time, they are subjective leading to a disparity in their interpretation. The general objective of this study was to evaluate the perception and identification of pain by guardians and veterinary professionals who accompany the animal, with the presentation of two scales, the Glasgow Composite Measures Pain Scale and the Liverpool Osteoarthritis in Dogs scale, directing the guardian according to the type of pain that the animal has, acute pain or chronic pain, making its evaluation. When the assessment is made by veterinary professionals, they identify pain with aspects of more objective quantification, but in the case of dog owners, pain assessment is identified with aspects more related to behavior. This study aims to ensure that pain assessment scales are increasingly used and a good practice in guiding clinical decisions in order to help our pet live a healthier and happier life.